Aylton Fernandes dos Reis - Presidente da ASTEGO

Percebendo que essa era uma prática bastante usual em diversos estados do país, Aylton imaginou que, se os profissionais fossem melhor qualificados, conquistariam maior respeito e credibilidade junto à área médica.

Uma História de Luta Perseverança e Vitória Iniciada em 1996.

Aylton Fernandes dos Reis Presidente Nacional da ASTEGO



Um abnegado Técnico de Imobilização Ortopédica chamado Aylton Fernandes dos Reis, após anos de trabalho incessante na defesa dos interesses de sua categoria profissional, decidiu constituir a primeira entidade de classe que pudesse reunir os profissionais que, assim como ele, almejavam conquistar maior respeito e reconhecimento por todo o trabalho e dedicação que os trabalhadores desta área mereciam receber.

Assim surgia a Associação dos Técnicos de Gesso do Estado de São Paulo e em 1998 foi criada a Associação Brasileira dos Técnicos em Imobilizações Ortopédicas (ASTEGO).
Um dos pilares de sua existência sempre foi qualificar os profissionais e aglutinar lideranças que atuavam e ainda atuam na especialidade de Ortopedia e Traumatologia, a fim de que suas reivindicações pudessem ser ouvidas e seus interesses defendidos.  Por ser uma categoria que, por muitos anos foi negligenciada pelos órgãos da saúde, hospitais e demais entidades de classe, os técnicos em imobilização ortopédica passaram por maus bocados.

Humilhações, imposição de trabalhos sem as devidas qualificações profissionais e sobrecarga de serviços eram parte da rotina de muitos, e isso também acontecia dentro de clínicas especializadas na área de ortopedia.  Percebendo que essa era uma prática bastante usual em diversos estados do país, Aylton imaginou que, se os profissionais fossem melhor qualificados, conquistariam maior respeito e credibilidade junto à área médica.

Surgiu, então, a ideia de criar o GT-TIO (Grupo de Trabalho de Técnico em Imobilização Ortopédica, cujo objetivo era a organização, qualificação e aprimoramento profissional dos Técnicos em Imobilização Ortopédica.  Deste plano surgiram outras iniciativas, como as de encaminhar para o Ministério do Trabalho as seguintes nomenclaturas:  Gesseiros; Técnico de Imobilização Ortopédica e Técnico de Aparelho Locomotor.

Esta medida tinha como objetivo evitar conflitos de códigos profissionais (com os Gesseiros da construção civil, por exemplo), além de eliminar situações em que os Técnicos eram vistos em posição de inferioridade em relação aos demais profissionais de saúde, uma vez que vários deles já possuíam representação profissional no que que diz respeito aos direitos já consagrados pela Organização Internacional do Trabalho.

Regulamentar a atividade com o mesmo respeito e consideração que os demais profissionais da área da saúde já possuíam se tornou o projeto de vida de Aylton. No entanto, os caminhos nunca foram fáceis. Muitas coisas precisaram ser feitas e outras tantas, especialmente no aspecto pessoal, deixaram de ser feitas também.  Para viabilizar nossa reivindicação foi necessário sensibilizar o Ministro do Trabalho no tocante à inserção da atividade na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), cujo código é 3226-05.

Depois de cento e oitenta dias, sob coordenação da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e do Ministério do Trabalho e Emprego, criamos a nomenclatura TIO e demais sub nomenclaturas, a fim de contemplar colegas dos demais Estados Brasileiros que tradicionalmente utilizam nomenclaturas diferentes.

Como exemplo citamos o Rio Grande do Sul, que utiliza a nomenclatura Gessista; o Rio de Janeiro usa a nomenclatura de Técnico Imobilização do Aparelho Locomotor e São Paulo, que utiliza a nomenclatura Técnico de Imobilização Ortopédica  Catalogamos todas as nomenclaturas as inserimos em único Código Profissional (nº 322605) de maneira que este código deve ser utilizado em todo o país, quando houver menção ä categoria dos Técnicos de Imobilização Ortopédica.

Além desses exemplos, há diversas ações encabeçadas pela ASTEGO em defesa dos direitos dos Técnicos de Imobilização Ortopédica como, por exemplo, a promoção de cursos de aprimoramento (muitos destes gratuitos), que foram pensados para aumentar a compreensão plena do exercício da nossa profissão com excelência, além de diversas campanhas de benefícios, objetivando sempre a valorização profissional da categoria.

A Associação Brasileira dos Técnicos em Imobilizações Ortopédicas ASTEGO é parceira da Sociedade Brasileira de Ortopedia e assumiu definitivamente o papel preponderante que lhe cabe no desenvolvimento da categoria.

Em todo o país, é reconhecida como o grande instrumento de proteção dos Técnicos em Imobilização Ortopédica, e também como o principal instrumento de proteção da nossa categoria, assumindo o compromisso e o dever de acompanhar e participar das mudanças legislativas que envolvam a nossa atividade.

Contem sempre com a ASTEGO.

Aylton Fernandes dos Reis   Presidente Nacional da ASTEGO.